Uma vaga de garagem de tamanho médio deve ter cerca de 10 metros quadrados. E parece pouco para os padrões atuais de tamanhos de carros. Agora, imagine morar em um imóvel com o mesmo espaço disponível para estacionar seu automóvel. A impressão inicial pode ser a de desconforto. Mas o apartamento de 10 metros quadrados, que está sendo lançado pela construtora e incorporadora Vitacon no bairro de Higienópolis, em São Paulo, oferece soluções que estendem a área privativa do imóvel com ambientes compartilhados. Dependendo da proposta de vida, é possível, sim, viver com conforto no menor apartamento da América Latina.

A tendência de apartamentos menores têm recebido com muita adesão apartamentos cada vez menores, principalmente depois que a recessão na economia brasileira se agravou. “O preço do metro quadrado se tornou algo impeditivo. Com o valor final mais em conta, é interessante porque facilita o financiamento e cabe no orçamento de mais pessoas. É uma forma de democratizar o sonho da casa própria”, afirma José Augusto Viana Neto, presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (Creci-SP). O menor apartamento da América Latina custa R$ 99 mil, ou seja, R$ 9.900 por metro quadrado. O valor gira em torno da média de preços de imóveis em Higienópolis, que é de R$ 9.722,22, de acordo com o índice FipeZAP para julho. Já o preço médio em São Paulo para o mesmo mês era de R$ 8.680.

A ideia é que o mercado disponibilize, cada vez mais, imóveis para cada fase da vida dos consumidores e isso agrega desde os apartamentos menores aos maiores. “Um estudante, alguém que trabalha durante a semana em São Paulo ou um recém-divorciado, por exemplo, pode começar em um imóvel de 10 metros quadrados e depois espera-se que eles evoluam e vão mudando para outros maiores”, pondera Alexandre Frankel, CEO da Vitacon. O empreendimento da construtora, inclusive, conta com 111 imóveis, que vão de 10 a 77 metros quadrados. Além disso, pesa também a questão da qualidade de vida. Compensa morar em um apartamento menor, mas em uma localização que evite maiores deslocamentos no dia a dia porque aguega trabalho, saúde, educação e serviços por perto. “A pessoa acaba não gastando horas no trânsito. Já ouvimos relatos de gente que passa a ir a pé para o trabalho e agradece por poder passar mais tempo com os filhos”, conta o executivo.

Na área comum, ainda haverá cozinha, cinebar, lavanderia, bicicletário e co-working, que é um escritório compartilhado. “Teremos também um espaço com ferramentas e um ambiente com geladeira para guardar as entregas. Todo mundo hoje faz compra online e podemos deixar os produtos refrigerados até a pessoa chegar em casa”, explica Alexandre Frankel.
Já dentro do imóvel, para garantir mais conforto, o ideal é alcançar ideias bem pensadas para que elas se tornem soluções para ampliar os espaços dentro do apartamento de 10 metros quadrados. “Em vários países, como no Japão, já se usa muito essa arquitetura minimalista. O importante é planejar, ter ajuda de um especialista para que ele possa aproveitar ao máximo algumas soluções que pessoas leigas muitas vezes não conseguem ver. Mas que nesse espaço pequeno são muito necessárias”, diz a arquiteta Renata Inojosa.
Fonte: Vitacon/ZapPro